O Centro Social Santa Marta, uma ação social da Congregação das Irmãs da Santa Cruz, além de atender, no contra turno escolar, crianças e adolescentes de 6 a 14 anos, oferece às mulheres da comunidade Oficinas de Artesanato.
Uma vez por ano, todo o trabalho produzido toma visibilidade no Bazar Solidário que reúne a comunidade, voluntárias e artesãs do projeto.
O valor arrecadado é revertido na Instituição para manter as oficinas e também para as artesãs como forma de geração de renda. É um bonito encontro de reciprocidade e celebração da alegria de viver, do reconhecimento das habilidades artísticas e do conviver.
Voluntariado no Santa Marta: viver, aprender e ensinar, reviver
Um grupo considerável de mulheres de variadas idades, muito animadas e dispostas, chamavam atenção de quem chegava ao Espaço Tower, no último dia 8 de novembro. Suas histórias, entrelaçadas pelo desejo de fazer alguém feliz, motivam e alegram.
É o caso de dona Luísa Helena de Souza, 72, que a mais de quarenta anos é voluntária no Santa Marta. Motivada por um convite no dia da matrícula de seu filho mais velho no Colégio Santa Maria, começou a ajudar no Centro e nunca mais parou: “Lá a gente faz trabalhos manuais, artesanato, as mães aprendem muita coisa”, comentou.
Denise, 57, reside ao lado da Instituição e começou a ser voluntária motivada por seu filho que é estudante do Colégio. Ela dá aulas de bordado livre e patchtwork (aplicação em tecido). Para ela, o trabalho voluntário é transformador: “É muito gratificante ensinar no Santa Marta, me sinto muito bem em poder ajudar as pessoas. Só gratidão!”, expressou.
Artesãs do Santa Marta, mulheres de comunidade
As mulheres atendidas pelo Centro Social Santa Marta, com histórias diversas, muitas vezes marcadas pelo sofrimento, transformaram-se em artesãs de qualidade pela força do coletivo.
Nas oficinas, elas aprendem a fazer bordado, toalhas de mesa, artigos para crianças recém-nascidas, produtos para cozinha e banheiro também são produzidos por lá. Todos esses materiais estavam a disposição do público para serem adquiridos durante o Bazar.
Exemplo disso é Maria Francisca da Cruz, que chegou ao projeto a 28 anos, convidada por sua cunhada. Atualmente está afastada fisicamente das atividades devido ao estudo, mas não deixou de contribuir com o artesanato.
Quando questionada do porquê da permanência, dona Maria se emociona e confessa: “uma coisa que aprendi lá foi a dignidade, o amor, o respeito”.
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